segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

virando, agora com fone de ouvido....

Ultimo post do ano… daqui a pouco vou sair com todo mundo pra esperar o novo ano no meio da rua. Por aqui a sensação eh que esse ano começou a um tempinho atrás e vai terminar em julho. Agora eh soh uma espécie de festa por estarmos aqui. Bom, feliz ano novo pra todo mundo, não pretendo escrever muita coisa... hehe... soh uma...

Nunca gostei muito de musica japonesa. Não acho um som muito atraente. Desde que cheguei aqui então, a coisa piorou: a musica japonesa atual tah na briga com o pagodao e funk na categoria fracasso. Serio, não sei o que acontece. E isso era um problema pra mim, porque eu sempre me virei estudando inglês ouvindo musica, jogando e tals... mas em japones, jogar eh moh difícil por causa dos milhões de kanjis e musica, era essa coisa horrível... Bom, mas ai, esse mês, uma coisa boa aconteceu! Achei uma banda japonesa realmente boa! Tokyo Jihen (東京事変). A cantora jah era famosa antes, mas sem a banda nem eh tão bom... hehe... ia escrever mais sobre, mas tenho que ir... tao batendo aki na porta... vou deixar esses dois vídeos: um eh o som deles na vera, e a outra eh uma regravação da Misora Hibari... Mto boa.... bjos, abraços e ateh ano que vem!



sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Quando pensei em japones...


Ultimamente não to pensando, to fazendo. Isso porque a vida aqui depois do primeiro mês se tornou frenética. Aulas, saídas, lições de casa, comer e dormir. As vezes um vídeo game, um post, vida de computador. Jah falei lição de casa? Fotografia também. Ah, e os trens. Quase duas horas por dia passo dentro deles. Se decidir sair pra algum lugar, mais de duas. Parece que eu to reclamando, mas quando não to de saco cheio (e se fico, eh no final do dia), gosto bastante. Sinto falta de ouvir musica neles, mas ok, no problem. Li o post do Alexandre e quase morri um dia desses. Algumas coisas são meio difíceis por aqui. Não a vida diária e tudo mais, isso eh mto, mto, mto fda de bom. No final do dia, ouço um The Killers, Los Hermanos ou Gorillaz e vou dormir com saudades de coisas, mas feliz. Melhor eh impossível. Quer dizer, talvez fosse melhor se tivesse mais amigos japoneses pra saber como eh o esquema de verdade, mas isso, na língua de quase TODOS os estudantes estrangeiros, eh a etapa impossível. Nunca penso muito nisso porque pra mim pessoa eh pessoa, de qualquer jeito.... mas... mas essa semana eu andei pensando nisso. Foi assim: minha aula chamada “thematic interaction” tava um lixo. Não aguentava mais ir pra aula. A aula funciona assim: Não aprendemos nada de gramática ou qualquer coisa que aprimore nosso japones tecnicamente. Nessa aula aprendemos a nos expressar em japones de qualquer jeito. Na raça. No começo não entendia 20% da aula, hoje, entendo 98%. Isso porque todos eram nível dois e eu e mais uma menina éramos nível um. Achei a aula perfeita pra mim: sala em roda, não tenho prova (alivio de midialogo), faço redações em japones sobre fotografia e poucos alunos na sala, uns nove. Porem! Porem, a um mês atrás, coisa de japones, começou um historia de ter que relatar o que estamos fazendo e de tentar, mesmo vendo que tinha tempo sobrando, preencher o tempo da aula com coisas que duram cinco minutos. Acho que para não sair do “esquema” da aula. Garanto que eh coisa de japa. Regra numero um: sempre há regras. Ia pra aula e ficava estudando kanji escondido. E os professores sabem, mas não fazem nada. As vezes puxam assunto, mas eh soh você dizer que tudo bem pra você, que tanto faz, que eles aceitam isso como uma verdadeira resposta, não como uma disfarçada de que você tah viajando. Bom, eu, não agüentando mais, no intervalo da aula de terca falei pra assistente porque que a aula tava ficando desse jeito. Meus Deus, ai começou a bola de neve. Rolando e rolando. Dez minutos depois, estamos eu e ela fazendo um plano da aula, do porque que a coisa travou. E ela falava varias vezes: “o importante eh que vocês aprendam alguma coisa, temos que descobrir o problema”. Eu, jah meio assim com cara de quem “causou” na aula, fiquei quieto... Mas! Mas não adiantou. A professora voltou e a assistente falou pra ela e ai veio a pergunta: porque você acha isso Lucas? E lah fui eu, explicar em JAPONES o porque que eu achava que a aula tava uma caca. Quer dizer, mais da metade achava mesma merda, mas aquela coisa de estudante... quem eh o idiota que vai abrir a boca?! Bom, lah fui eu mais uma vez. Falei tudo em duas línguas. Com direito a esquema em tópicos. Pensei: sei que to aqui, que eh tipo “território estranho”, mas vamo que vamo. Bom, ai deslanchou. A professora perguntava mais, os outros alunos saíram atirando, a assistente falando varias coisas. Soh não teve choro dessa vez (piada para os leitores midialogos). Bom, a aula acabou, todos foram embora, a professora agradeceu as opiniões, eu pedi desculpa por meter não o dedo, o braco onde não sou chamado, e pensei: se a historia for a mesma que eu jah conheço, vai ficar tudo igual e mudar, talvez, uma coisinha ou outra.

Parágrafo. Dia seguinte. Primeira coisa da aula: “bom dia... ontem eu e os outros dois professores ficamos das 17h as 22h aqui na faculdade pra tentar resolver o problema da aula”. Melhor parte: saber que vocês querem melhorar as aulas eh muito gratificante para nós e não consideramos tempo perdido. Ficamos muito felizes de saber desse interesse. Entao, hoje, vamos tentar ajustar o programa da disciplina para melhorar as aulas”. BOOM! Pensei: “caralho, num credito”. Depois termino meu pensamento. Ficamos na aula organizando o novo esquema. Sabe como eh aluno neh. Dos nove, uns 3 tavam interessados. Os outros, tanto faz, querem algo pra fazer, entregar e ficar livre. Mas assim, sem palavras pra descrever esse negocio que aconteceu. Não eh soh tentar resolver o problema pra coisa andar, ou preparar a solução para os dias que estão na fila. “Se tah uma caca agora, porque não tentamos arrumar para continuar?”. Take-sensei ainda disse uma hora: a aula eh “em razão de pensar em japones” (+/- o nome da aula em japones – 考えるのために日本語), então, vamos pensar nisso e falar disso. Sai da aula, fui pras outras, acabou o dia, peguei o metro e sentei no trem voltando pra casa. Na minha frente, japoneses dormindo como sempre, tão sempre cansados..... pensei que talvez seja pelo que aconteceu com minha aula... “eh coisa importante neh”!? Nove, soh nove alunos! Mas ok, volto pra casa as 22h. Durmo no trem e não faço ninguém perder tempo. E Take-sensei ainda disse que ficaram muito felizes pela conversa... ... ... você que tah lendo tah entendo o que eh isso? ... ... ... ... Fiquei com vontade de conhecer mais pessoas assim... certamente não são todos assim, mas garanto proce que aqui a probabilidade eh maior. Estatística: 24 anos no Brasil sendo quase quatro na faculdade e 3 meses no Japão. Em casa, entrei no msn e perguntei pro outro lado do mundo como tavam as coisas na faculdade. Ouvi “do mesmo jeito”. Me deu um aperto saber que nao muda tudo de uma vez... sempre aos poucos... Pensei na vida de trem, ouvi o novo CD do The Killers seguido de D-sides do Gorillaz... ... acredito que baguncar a vida mudando as coisas todo dia vale a pena... ... acredito mesmo... nao sei se os que ficam parados sabem alguma coisa mais e nao me contam... ... bom, nao quero saber.... ... talvez soh uma coisa: o que serah que acontece depois!?


Kid hang over here
What you learning in school?
Is the rise of an eastern sun
Gonna be alright for everyone?
.: Gorillaz - Hong Kong